Copérnico é o pai da astronomia moderna, pois foi ele quem, através de seus estudos e cálculos, percebeu e defendeu a tese de que a Terra, assim como os demais planetas, gira em torno do Sol, em uma teoria chamada de Heliocentrismo. Foi Copérnico quem deduziu, que a Terra gira em torno de seu próprio eixo. Até então, acreditava-se que a Terra era o centro do Universo e imóvel,  teoria defendida pelo grego Ptolomeu.
Nicolau Copérnico (1473-1543) um importante matemático e astrônomo polonês, nasceu na cidade de Torún. No ano de 1501, Copérnico ordenou-se padre e assumiu o cargo de cônego da Catedral de Frauenburg, mas por pouco tempo, pois sua inquietude intelectual o levou a Itália, onde frequentou diversas universidades.



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Estátua de Nicolau Copérnico na Varsóvia – Polônia
Foto: Marek and Ewa Wojciechowscy/Wikimedia Commons / Divulgação

Iniciou seus ensaios onde explicava que a teoria de Ptolomeu em que a Terra era o centro do Sistema Planetário estava errada e não se encaixava nas teorias fundamentais dos antigos, segundo a qual “cada planeta deveria deslocar-se com velocidade uniforme descrevendo um círculo perfeito”.  Já no esquema de Ptolomeu, os planetas deslocavam-se em círculos, mas não com velocidades uniforme. Para resolver este problema de Ptolomeu, Copérnico estabeleceu sete princípios fundamentais:

  1. Os corpos celestes não se deslocam ao redor do mesmo centro
  2. A Terra não é o centro do sistema do mundo, mas somente da órbita lunar
  3. O Sol é o centro do sistema do mundo
  4. Em relação à distância das estrelas fixas, a distância do Sol a Terra é desprezivelmente menor
  5. O movimento aparente do céu deve-se a rotação da Terra ao redor do seu próprio eixo
  6. O aparente movimento anual do Sol no céu deve-se ao movimento da Terra e dos demais planetas ao redor do Sol
  7. As estações, e os aparentes deslocamentos retrógrado dos planetas, devem-se ao movimento da Terra e dos planetas ao redor do sol.
Estes sete princípios fundamentais estão expostos em um pequeno tratado conhecido como Nicolai Copernici de hypothesibus motuum coelestium a se constitutis commentariolus (“Pequenos Comentários de Nicolau Copérnico em Torno de Suas Hipóteses sobre os Movimentos Celestes”).



Nicolai Copernici de hypothesibus motuum coelestium a se constitutis commentariolus
Nicolai Copernici de hypothesibus motuum coelestium a se constitutis commentariolus

A públicação de seus comentários foi adiada inúmeras vezes pelo próprio Copérnico, pois ele temia as reações da Igreja Católica. Porém, sua teoria se tornava cada vez mais conhecida. Entretanto Copérnico não sofreu nenhuma censura dos seus superiores eclesiásticos ou acadêmicos quando expôs suas ideias no Commentariolus.
Em 1539, Copérnico conhece um jovem matemático alemão chamado Georg Joachim von Lauchen, mais conhecido como Rheticus. Esse jovem o incentiva a prosseguir com seus estudos, e passa dois anos trabalhando com Copérnico. Em 1540, Copérnico e Rheticus publicam o “Prima Narratio”, uma espécie de informativo que relatava as investigações realizadas por eles.
A obra de Copérnico compreendia seis livros, cada um deles subdivididos em capítulos.
O Livro se resume em:
  • Provar que o Sol estava fixo no centro,
  • A Terra girava ao seu redor,
  • Provar que a Terra era redonda,
  • O movimento do planeta Terra, inclusive ele destaca o seguinte “Se a Terra, como o céu e os corpos celestes, é esférica,e se todos são animados por movimentos circulares, por que não teria a Terra esse mesmo movimento circular?”
  • Ele propôs que além de Mercúrio e Vênus, Marte, Júpiter e Saturno também giravam ao redor do Sol,
  • Aborda o movimento da Lua e dos eclipses,
  • O céu é infinitamente grande em relação à Terra.
A teoria completa de Copérnico foi enviada para publicação por intermédio de Rheticus, em 1541. Porém, o livro “Das Revoluções dos Corpos Celestes” só foi impresso por volta de 1543, com várias alterações não autorizadas pelo autor. Copérnico faleceu em maio desse mesmo ano, tendo em seu poder o manuscrito original da obra.
A igreja só iria ficar contrario as ideias do heliocentrismo, muitos anos após a morte de Copérnico, precisamente em 1615, quando Galileu atacou o geocentrismo.
 “Ao contrário do que possa parecer, a atitude eclesiástica em relação em relação a astronomia, do século X ao século XVI, contribuiu para o progresso e para a estabilização dessa ciência”. (C. Fernanda 2003)


Copérnico chegou primeiro a resposta precisa sobre o movimento retrógrado dos planetas, que seria aperfeiçoada por Kepler.
No prefácio do seu livro, Copérnico  atribui a Heráclides de Ponto, Filolau e Ecfanto a quem sugeriu pela primeira vez o movimento da Terra. Mas o que fez Copérnico sobressair aos seus predecessores foi que ele aplicou a matemática para provar o movimento da Terra.
Copérnico  explicou também o tríplice movimento da terra, a rotação sobre seu próprio eixo, a translação ao redor do Sol e o movimento vagaroso e cônico do eixo terrestre, onde explica a precessão, ou seja, a inclinação da Terra em 23 graus.
Copérnico estimulou nos homem inclusive em Galileu a coragem de pensar e de procurar a verdade por intermédio da pesquisa.
Copérnico foi homenageado com uma cratera na Lua, a cratera possui 93 km de diâmetro e 3,8 km de profundidade. A cratera é visível da Terra através de um simples binóculo. Localiza-se a noroeste na face visível da Lua.  A cratera de Copérnico está relativamente “próxima” da cratera de Aristarco como se pode observar na imagem abaixo.



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Cratera de Copérnico.
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Cratera de Copérnico e Aristarco.
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Cratera de Copérnico vista pela Apollo 12 no ano de 1969.

Cratera de Copérnico vista pela Apollo 12 no ano de 1969.
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Detalhes do produto


  • Paperback: 136 páginas
  • Editora: Schoba (26 de julho de 2019)
  • Idioma: Portuguese
  • ISBN-10: 8580135257
  • ISBN-13: 978-8580135251
  • Dimensões do produto: 13,3 x 0,9 x 20,3 cm
Bibliografia
Bandeira, Edvan. Copérnico, o pai da astronomia moderna. Disponível em: https://astronomiareal.wordpress.com/2019/08/01/copernico-o-pai-da-astronomia-moderna/ Acesso em: 01 agosto 2019.
CURY, Fernanda. Copérnico e a revolução da astronomia. Minuano Cultural: São Paulo-SP. 2003. 114 p.