O texto abaixo não tem nada a ver com o foco do blog, mas recentemente li um livro que gostei muito, e gostaria de compartilhar com vocês. O livro se chama "Esquerda Caviar" do Rodrigo Constantino. Neste livro o autor aponta vários aspectos interessante da nossa esquerda socialista/comunista.
Geralmente quem defende essa ideologia são artistas e intelectuais, que lutam pelas minorias, fato um tanto nobre não??? Mas será que realmente eles vivem o que pregam?
Estes artistas intelectuais esquerdistas se tornaram os grandes ícones da defesa da minoria, defendem os gays, mulheres, negros, pobres, todas as causas vistas como nobres são abraçadas por essa turma, que parece infinitamente mais preocupada com os aplausos da plateia e com a própria sensação de superioridade moral do que com os resultados concretos daquilo que prega.
No Brasil é assim, Basta o sujeito ser um músico bom que combateu a "ditadura" para se tornar um grande pensador político. Não estou criticando aqui suas músicas, (apesar de não gostar), mas vamos separar o trabalho musical do personagem esquerdista.
Muitos destes admiram o socialismo de Fidel Castro, e culpam o capitalismo de todo mal, o engraçado é que estes adoram tirar umas férias nos EUA, outros até preferem morar na confortável França, longe de países socialistas como Cuba e Venezuela. Há três coisa que a esquerda caviar ama, bons cachês, ausência de censura e consumismo burguês. Procura essas 3 coisas no "paraíso" socialista, será que tem???
"Como é fácil falar que o capitalismo não presta quando se é um milionário".
(Roberto Campos)
Qualquer um que tenha sido contra a "ditadura", com o
tempo ganhou a estima de grande defensor da liberdade e da democracia. Nada mais falso! Boa parte
da esquerda lutava para implantar outra ditadura, como aquela existente em Cuba até hoje.
Roberto Campos percebeu o fenômeno:
Nossas esquerdas não gostam dos pobres. Gostam mesmo é dos funcionários públicos. São estes que, gozando de
estabilidade, fazem greves, votam no Lula, pagam contribuição para a CUT. Os pobres não fazem nada disso. São uns
chatos...
Posso até ver o rebelde, com cabelo despenteado, barba por fazer, camisa do Che, falando:
“Mamãe, veja como sou revolucionário; olhe a linda capa com a foice e o martelo que comprei para
o telefone que você me deu! Agora passa logo a mesada que quero ir ao cinema com os camaradas
ver aquele filme que detona com os Estados Unidos.”
Os “heróis” da época no (Regime Militar) clamavam
por algumas cacetadas da polícia, e aqueles que eram presos temporariamente contavam vantagem
sobre os demais. Era motivo de orgulho ostentar uma prisão, mas eles sabiam que, no fundo, não
corriam risco real nesse sistema “repressor”.
A esquerda caviar atacam o núcleo familiar tradicional, distorce os valores caros à classe
média e transforma em normal toda bizarrice em boa parte para suportar melhor suas próprias vidas
esquisitas e desestruturadas. Os outros é que são caretas e chatos.
A preguiça também atrai muitos para a esquerda festiva. Não é preciso estudar a fundo, pesquisar,
refletir e pensar sobre como resolver de verdade os problemas. Basta aderir a um grupo, repetir meia
dúzia de slogans bonitos e usar palavras mágicas como “justiça social”, “tolerância”, “diversidade”,
“sustentabilidade” e “paz” que você automaticamente ganha o respeito de muitos bobalhões e posa
como alguém cheio de opiniões sobre os mais variados assuntos. Por exemplo:
O que você acha sobre o impacto dos gastos públicos na taxa de juros de longo prazo? “Sou pela justiça social, meu amigo.” E o que você faria em relação ao problema da imigração e do subemprego dos imigrantes em uma sociedade de bem-estar social com impostos cada vez maiores? “Sou pela diversidade, meu chapa.” Como você acha que a ameaça terrorista deveria ser enfrentada? “Paz e amor, brother.” Não existe maneira mais rápida e fácil de comprar um pacote pronto e completo de “soluções” para todos os males do mundo do que ingressar na esquerda caviar. Os artistas serão seus aliados, os intelectuais vão defender bandeiras iguais, e a grande imprensa vai acompanhar seus gritos nobres por justiça e paz. Qualquer um pode repetir esses chavões, até mesmo o mais idiota dos idiotas.
A esquerda caviar está repleta de filósofos de botequim, que fazem aquelas leituras rápidas de
como aprender sobre um pensador profundo em trinta minutos. São também devoradores de orelhas
de livros. Depois, com o típico ar professoral da turma, ligam a metralhadora giratória de
verborragia, de citações vazias, mas embaladas em mantos de sabedoria, e pronto: assunto
encerrado; podem bancar os superiores na roda do grupo.
“O que sempre fez do Estado um verdadeiro inferno foram justamente as
tentativas de torná-lo um paraíso.” (Hoelderlin)
Um
prédio que cai por erro de cálculo é evidente demais, prova do fracasso do engenheiro, e até uma
bem elaborada teoria, como a da relatividade, de Einstein, só ganha credibilidade após verificação
prática.
Já os intelectuais podem desfrutar de respeito ou fama mesmo com a defesa de ideias que se
mostraram, na prática, catastróficas. Como é a prática do marxismo utilizado por Stalin.
Esses intelectuais monopolizam as virtudes, e não precisam mais debater focando em argumentos.
Seus opositores são rotulados com base na intenção. Eles são insensíveis, racistas, lacaios da
indústria bélica, fascistas, preconceituosos, homofóbicos, reacionários e tantas outras coisas feias. “O argumento pela intimidação é uma confissão de impotência intelectual”. (Ayn Rand)
O conservador Bill Whittle disse:
Não adianta chamar um racista de racista, um membro da KKK se orgulhava de ser racista, um nazista não considera
ser acusado de nazista uma ofensa, é óbvio! A esquerda e as celebridades de Hollywood nos fazem essas acusações
repetidamente, há 40 anos, todas as vezes que abrimos a boca para discutir um assunto sério porque sabem que é
mentira! Eles perceberam que isso ofende profundamente quem não é racista, misógino, homofóbico, fascista, que isso
nos enoja, que nos faz parar de falar abertamente sobre o que tem que ser falado para não ouvirmos esses absurdos. É
uma estratégia desenhada para calar você e têm sido muito bem-sucedida.
Marx também vem à mente após lermos essa frase. Ele “amava” o proletariado enquanto
abstração, mas não gostava de frequentar fábricas, e, quando fez um filho com uma empregada,
despachou o moleque para adoção. Graças a gente como Rousseau e Marx, tenho calafrios sempre
que vejo alguém proferindo seu imenso amor à humanidade, aos pobres, a todos!
O socialismo não foi parido por proletários, por trabalhadores humildes no chão das fábricas,
mas por intelectuais burgueses. Marx, que se casou com uma aristocrata alemã, era sustentado por
Engels, rico herdeiro de indústria. Lênin era filho de pais abastados. Mao Tsé-Tung era filho de um
rico agricultor. O pai de Fidel Castro era latifundiário. Salvador Allende era filho de advogado, neto
de médico e sempre morou nos melhores bairros de Santiago. E por aí vai...
Intelectual arrogante e elite culpada, uma combinação explosiva! O messianismo narcísico de um
acaba financiado pela culpa endinheirada do outro, e quem paga o pato são os próprios trabalhadores
em nome de quem a utopia foi criada.
Dividir para conquistar. A esquerda caviar adora esse estratagema, sempre segregando o mundo entre nós e eles, entre negros e brancos, pobres e ricos, mulheres e homens, trabalhador e patrão, gays e heterossexuais. Assim fica mais fácil criar um ambiente propício para a tomada do poder.
“A ânsia de salvar a humanidade é quase sempre uma desculpa para a ânsia de governá-la”, (H. L. Mencken)
Fonte: Constantino, R. Esquerda Caviar. Record. Rio de Janeiro, RJ. Pág 432. 2013
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