O
processo de formação de uma nova espécie biológica se chama especiação. E um
dos processos de especiação conhecida é o isolamento geográfico.
Para
que ocorra uma especiação no isolamento geográfico, a mesma espécie deverá encontrar-se
separada por algum tipo de barreira física, por exemplo: rios, montanhas, vales,
etc. Estas barreiras isolarão as populações para que não haja trocas genéticas,
impedindo que elas mantenham contato entre si. Após certo tempo, ao se cruzarem
novamente, ambas estarão estéreas, surgindo duas novas espécies.
Darwin
apresenta em seu livro, ideias de esterilidade em espécies através do seu
isolamento geográfico. Como se observa na frase retirada do seu livro.
“Em primeiro lugar, pode notar-se que
espécies que habitam regiões diversas ficam estéreis quando se cruzam” (Darwin,
C. 2010. Pág. 208)
“Mas, como vimos, os seres organizados
no estado de natureza, habituados durante muito tempo a certas condições
uniformes, tendem a tornar-se mais ou menos estéreis quando são submetidos a
uma mudança considerável destas condições, como, por exemplo, se são reduzidos
a cativeiro; sabemos, além disso, que cruzamentos entre machos e fêmeas muito
afastados, isto é, especificamente diferentes, produzem geralmente híbridos
mais ou menos estéreis. Estou convencido que este duplo paralelismo não é nem
acidental nem ilusório”. (Darwin, C. 2010. Pág. 212)
Segundo
Fábio Sene a esterilidade através do isolamento pode ser analisada do seguinte
modo:
“as populações vivem em áreas diferentes
(geograficamente) são alopátricas, ou seja, não ocorrem contatos entre os
indivíduos de uma área com os da outra, o que impede que machos de uma
população tenham contato com fêmeas da outra.”
(Sene, F. M.1981. Pág. 109)
O
pensamento de Darwin é contemporâneo com as aceitas atualmente. Mas ao usar
esta teoria e aplicar a espécie humana, o resultado não seria o mesmo, pelo
menos a um período “curto” de anos.
Quando
os portugueses chegaram ao Brasil, os nativos já se encontravam isolados a
milhares de anos. Estudos recentes concluem que os homens chegaram às Américas
em especial aonde se encontra o Brasil há mais de 22 mil anos.
Ferramentas
de pedra usadas para caçar, foram encontradas na Serra da Capivara no Piauí,
estes objetos foram datados de 22 mil anos.
Por
milhares de anos os nativos não tiveram contatos com os europeus ou asiáticos, pois
estavam separados pelo Atlântico (isolamento geográfico), e sem nenhum contato.
Entretanto estes não se tornaram espécies diferentes ou estéreas. E quando
estes dois povos se copularão, tiveram descendentes férteis, diferente do que
descreveu Darwin.
Neste texto não se
discute a veracidade dos fatos através do isolamento geográfico para o
surgimento de novas espécies e muito menos sua esterilidade. Apenas conclui-se
que para surgir novas espécies ou esterilidade, o tempo será maior que 20 mil
anos.
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Detalhes do produto
- Paperback: 136 páginas
- Editora: Schoba (26 de julho de 2019)
- Idioma: Portuguese
- ISBN-10: 8580135257
- ISBN-13: 978-8580135251
- Dimensões do produto: 13,3 x 0,9 x 20,3 cm
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